OS SETE CENTROS DE ENERGIA

Vitalidade. Todo mundo quer isso, mas no mundo complexo e estressante de hoje, poucos de nós sabemos como capturá-lo – e mantê-lo. Isso porque a verdadeira vitalidade é mais do que uma questão de bom sono, vitaminas e bombear ferro. A verdadeira vitalidade é física, emocional e espiritual.

A vitalidade vem da compreensão do seu recurso natural mais importante: a energia. Isso vem de saber como aproveitar sua fonte de energia. Como eliminar os bloqueios para fazer essa conexão.

Introdução

O próximo passo em nossa viagem de autodescoberta é subir do chakra da alma para o nível do plexo solar.

Aqui, a alma aprende a cultivar a paz interior e a fraternidade. Ela faz isso, dominando as suas emoções e desejos, enquanto lida com os testes e provações de seu carma.

O plexo solar é a grande rede de nervos localizada atrás do estômago. A maioria de nós já sentiu borboletas na barriga ou uma pancada de energia de alguém que estava aborrecido connosco, como se estivéssemos a levar um soco no estômago.

Estávamos a processar essas emoções através do centro de energia no plexo solar.

Sentimentos como raiva, agitação ou medo, bem como sentimentos espirituais de paz ou devoção, são filtrados por este centro.

Os nossos centros do plexo solar e da garganta estão intimamente ligados, pois muitas vezes expressamos os nossos sentimentos por meio da nossa fala. Tão poderosas são as nossas emoções que o chakra do plexo solar pode multiplicar - para bênção ou maldição - o que está a acontecer através dos nossos outros chakras.

Maha Gosananda estava a visitar milhares de refugiados cambojanos que fugiram da devastação de Pol Pot.

O monge convidou-os para uma cerimónia budista e mais de dez mil refugiados  reuniram-se para o evento. 

Maha Gosananda ficou em silêncio durante algum tempo. Diante dele estavam pessoas que haviam sido profundamente feridas, cujos familiares haviam sido mortos, cujas casas e templos haviam sido destruídos. Ele começou a cantar um verso do Dhammapada: "O ódio nunca cessa pelo ódio, mas somente pelo amor é curado. Esta é uma lei antiga e eterna." Logo, todo o grupo de refugiados, movido por essa verdade atemporal,  juntou-se a ele para cantar esse refrão.

Maha Gosananda poderia ter-se aproveitado da sua frustração e raiva. Em vez disso, ele escolheu ajudá-los a explorar o reservatório de paz e amor que Pol Pot nunca poderia tirar deles.

O resumo disso é que o ego humano é o impostor do nosso eu real. No nível da alma, começamos a reconhecer que aspetos da nossa personalidade fazem parte da nossa natureza real e os que não fazem parte. Este não é necessariamente um lugar confortável para se estar, mas é o único lugar real.

"Se você estiver quieto e tranquilo", ensinou Lao Tzu, "pode tornar-se o governante do mundo".

Deus quer que dominemos as nossas lições sobre o fluxo de energia, e ele precisa de ter a certeza de que estamos certos.

Pois Deus não dar-nos-á mais energia do que podemos carregar no cálice dos nossos chakras e fazer bom uso. 

Por que queremos ter uma reserva de energia? 

Para que, quando a necessidade surgir, possamos enviar aos outros, através de nossos chakras e da nossa aura, a luz curativa da alegria, liberdade, paz, amor, poder, visão e sabedoria. É como fazer um empréstimo. Se provarmos que podemos usar a energia de Deus sabiamente para o bem dos outros, ele sabe que o seu investimento é seguro. 

Se usarmos mal essa energia – ficando irritados ou agitados, por exemplo – eventualmente o nosso suprimento será cortado, porque não mostramos que a podemos usar de forma responsável. No caso do plexo solar, os nossos exames  dão-nos a oportunidade de expressar o nosso autocontrolo. 

Eles dão-nos a oportunidade de mostrar que a nossa gratidão pela energia preciosa da vida é maior do que nossa necessidade de desabafar, mesmo que alguém esteja a enviar raiva, agressividade, ansiedade ou agitação do nosso jeito.

Gautama Buda proferiu a iniciação do chakra do plexo solar, quando ensinou que podemos fazer o melhor progresso espiritual caminhando "pelo Caminho do Meio". Ele aprendeu esta lição em primeira mão. Durante seis anos, praticou severas austeridades e, como resultado, tornou-se tão fraco que desmaiou e acreditava-se que estava morto.

Quando se recuperou, percebeu a futilidade do ascetismo excessivo e prolongado. Um dia, depois de comer uma refeição de leite de arroz rico, ele prometeu sentar-se sob uma figueira até alcançar a iluminação. Ele enfrentou muitas tentações sob aquela árvore – tentações que ele nunca teria vencido a menos que o seu corpo, bem como seu coração, mente e alma, tivessem sido fortes.

No seu primeiro sermão após a sua iluminação, dado em Sarnath, Índia, Gautama explicou que só podemos alcançar a iluminação evitando os extremos da autoindulgência e da automortificação – caminhando pelo Caminho do Meio.

Anos mais tarde, ele disse aos seus discípulos: "Num caminho onde alguém se torna exausto e fraco, não pode manifestar a Iluminação completa". Assim, ele proferiu um dos preceitos espirituais mais importantes de todos os tempos: em todas as coisas, busque o equilíbrio.